segunda-feira, 10 de maio de 2010

Projeto 3 - Guia de Repúblicas








Objetivos: Concentrar informações sobre moradias para estudantes em um só lugar facilitando, desta forma, a vida dos pais e dos jovens recém-chegados na cidade; incentivar divisão de casas e apartamentos, dada a dificuldade da estrutura urbana de São João del Rei em acompanhar o crescimento da população de estudantes.
Palavras-Chave: estruturas móveis; técnicas alternativas de construção; conforto ambiental

O Projeto e a Composição
O Guia de Repúblicas de São João del Rei, que “acolheria” os recém chegados na cidade, é um ambiente simples, convidativo e de fácil acesso. Seu espaço integrado, dá maior liberdade e independência nas buscas por moradia, gerando uma economia de tempo já que todos os dados referentes ao local estariam ali disponíveis. Tais dados incluem não só os endereços e arquivos sobre a parte física do local (fotos, maquetes 3D) como também perfil e contato dos moradores, características dos arredores e da vizinhança, distância de pontos estratégicos (supermercado, farmácia, ponto de ônibus), média das contas de água,luz, aluguel, disponibilidade de internet, telefone e etc.

Quando e Onde
O Guia de Repúblicas funcionaria basicamente 2 à 4 meses ao ano, fevereiro/março e julho/agosto, época de liberação do resultado do vestibular. Seria instalado no pátio dos campus universitário e removido após o período citado. Funcionaria em horário comercial, das 8 às 18 incluindo finais de semana sendo os aparelhos eletrônicos removidos todos os dias após o fim do expediente.
Fora estas datas, a estrutura desmontável poderia ser aproveitada em eventos da Universidade e ações sociais.

Características Estruturais
A estrutura do projeto é toda em bambu, que é material natural, renovável e dá idéia de simplicidade. É erguida por encaixes e ligações parafusadas e apesar de sua leveza, é muito resistente.
Há algumas recomendações fundamentais para as ligações de bambu pois, de acordo com DUNKELBERR e HIDALGO (1974), o bambu tem baixa resistência ao cisalhamento e a presença de nós nas ligações aumenta em 50% a resistência ao cisalhamento ao longo das fibras.
Devido sua constituição basicamente composta por fibras paralelas longas, o bambu não resiste à pregações, sendo então as ligações parafusadas as mais indicadas, proporcionando maior estabilidade e evitando fissuras. Outra vantagem das ligações parafusadas é de permitir ajustes de acordo por exemplo, com as variações climáticas.
Os painéis para montagem do projeto são feitos de bambu cortado intercalando-se sua vista externa (painéis de 5 bambus) e sua vista interna (painéis de 7 bambus, sendo 4 parafusados formando bambus inteiros) no momento de fixar à estrutura e aos outros painéis por parafusos.
As ripas para sustentação dos painéis são fixas aos “pilares” principais de bambu por ligações amarradas com utilização simultânea de conexões metálicas e parafusos, como ilustrado na figura abaixo:


A sustentação do piso é feita por uma base metálica, que ajustaria a altura do pilar à diferentes situações topográficas.
A cobertura de bambus horizontais e caibros, mostrada abaixo, seria sustentada pelos pilares e vigas de bambu.


Soluções ambientais
Em uma parte da cobertura, painéis fotovoltáicos são intercalados com faixas de gramas, como mostrado na figura abaixo. O telhado verde, feito com materiais naturais: bambu, terra e grama oferece bom isolamento térmico e os painéis geram à partir de uma fonte limpa, a energia utilizada a edificação,
A cobertura.

Os painéis interiores são dispostos de modo a diminuir a luz no espaço de projeção sem fechá-lo completamente, permitindo circulação de ar (necessária devido ao ganho térmico dos equipamentos).
As salas não possuem abertura externa para ventilação devido a necessidade de ausência de luz para uma boa visualização da imagem. O uso intercalado de bambus cortados e inteiros, na montagem dos painéis, permite uma pequena passagem de ar.