terça-feira, 15 de novembro de 2011

árvores, só.

A terra, uma semente, uma árvore. Árvores são tão vivas e tão simples; Tão bonitas e fáceis de desenhar, não são? Fazem sombra, dão flores e frutos, assobiam com o vento... Cores, cheiros, sons, sabores... Que lindo, que delícia. Quanta perfeição!

Toda essa reflexão fez-me lembrar de uma canção, um poema sobre árvores que o Arnaldo Antunes escreveu e musicou. Sempre que ouço essa música sinto que toda a perfeição que citei anteriormente é simples e completa.

As árvores - ARNALDO ANTUNES

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor.

Após assistir um vídeo do projeto Arbores Laetae do Diller Scofidio & Renfro studio para a Liverpool Biennial (http://www.youtube.com/watch?v=gQwu1DSGNPM&feature=share), fiz questão de abraçar várias árvores que encontrava pelo caminho, plantadas no chão, paradas. Também, fiz questão de ler, ouvir e tocar esse poema/música várias vezes, grifando algumas partes.

Arbores Laetae, joyful trees, dancing trees…Por que não se contentar só com árvores?

Algumas criações de Deus são tão completas e perfeitas que os homens não deveriam nem tentar interferir.

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